Agosto Dourado é uma campanha que promove ações, o apoio e a proteção do aleitamento materno, chamando a atenção para a importância vital da amamentação na construção de uma saúde base sólida, veremos que não apenas a saúde do bebê, mas também da mãe, e do Planeta Terra.
São diversos os benefícios do leite materno para o novo ser, fortalecimento do sistema imunológico, prevenção contra doenças no desenvolvimento da criança e crescimento muscular e ósseo, manutenção da vida, pois é capaz de reduzir a mortalidade infantil em até 13% e aumenta o vínculo filho/mãe, oferecendo carinho, proteção e aconchego.
A OMS orienta o aleitamento materno exclusivo até os primeiros seis meses de vida, e como alimentação complementar até o segundo ano da criança. Embora 96% das mulheres iniciam a amamentação exclusiva, apenas 41% a mantêm até um ano de vida. Os obstáculos são diversos, por isso é necessário uma rede de apoio de profissionais da saúde, familiares e amigos e contar com um mês de incentivo, que dissemina informações importantes e necessárias, buscando mais outras formas de aumentar essas estatísticas. Os índices nacionais do aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses aumentaram de 2,9%, em 1986, para 45,7% em 2020. Já o aleitamento para crianças menores de quatro anos passou de 4,7% para 60% no mesmo período.
É um alimento que previne a fome, desnutrição, além de garantir a segurança alimentar dos bebês e não causar nenhum ônus adicional na economia da família. Os pontos citados, são elementos chave para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas.
O leite humano é uma substância viva ativamente protetora e imunomoduladora, outra consequência de seu consumo para o lactante é a menor incidência de alergias, diarréias, infecções respiratórias, a longo prazo, previne a asma, diabetes e obesidade. O exercício muscular facial, que ocorre na criança quando retira o leite do peito, favorece o indivíduo a não ter problemas de fala, mastigação e deglutição.
Outro componente imunológico importante é uma proteína presente no leite materno chamada lisozima, uma enzima lítica que além de potencializar os efeitos da IgA, ela é responsável por atuar diretamente sobre as bactérias, proporcionando ao neonato mais resistência às bactérias (OLIVEIRA et al. 2019).
Para a mãe, serve como contraceptivo natural, reduz as chances de câncer de mama e colo de útero, e ainda auxilia no emagrecimento mais rápido, proteção contra anemia, causada pelo sangramento pós-parto, menor chance de desenvolver diabetes do tipo II.
Quando comecei a estudar o assunto, não consegui ver claramente como esse simples ato afeta o meio ambiente, mas agora explicarei alguns fatos e situações, e ao final veremos que podemos garantir também, a saúde do nosso ecossistema.
Como dito anteriormente, o aleitamento é a forma mais econômica de alimentação do bebê, e também é a forma mais ecológica, pois os produtos destinados para essa faixa etária, como leite em pó, longa vida, são mercadorias que necessitam de energia elétrica para produção, gasto de água potável, combustível para transporte, embalagens plásticas e gasto de papel que virarão lixo, no futuro, uso de materiais de limpeza que podem ser nocivos ao ambiente.
Se pensarmos longe, a cadeia de gastos é enorme, visto que gastamos energia para armazenar esses produtos em casa, temos que esquentá-lo na temperatura ideal para o bebê, o impacto ambiental gerado pelas fábricas que os produzem, e quanto mais exemplos forem dados, mais veremos a importância dessa ação para a população em geral.
Podemos levar em consideração a economia de dinheiro, já que amamentar é de graça, e os produtos com fórmulas infantis são caríssimos; os reflexos financeiros não param apenas nesse fato, mas o custo com remédios, planos de saúde, consultas médicas, também são reduzidos, pela menor incidência de doenças nessas crianças. Sendo assim, a família e os governos desembolsam menos combustível, menos tempo para se deslocarem ao hospital e, consequentemente, menos poluição.
É de suma importância o processo de amamentação ser bem explicado ainda na gravidez e introduzido ainda na maternidade, isso proporciona mais segurança e aceitação a esse processo tão importante, desmistificando alguns dos fatores influenciadores para o desmame precoce.
Temos que levar informações verdadeiras e com fundos científicos para todos, e assim, podemos tirar alguns medos que estão enraizados na nossa cultura, alertando as mães sobre a proteção extra que podem dar aos seus bebês, pois o aleitamento é um direito do bebê, mas não é uma obrigação da mãe.
A partir disso, você, que conhece alguma mãe com filho recém nascido, você pai, mãe, transmita esse conhecimento, cuide de nossas futuras gerações, olhe por nosso planeta.
A Papiro Madeiras afirma e reforça a luta que esse mês tem para nos alertar. Ame, cuide, amamente!