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11ª Parte do livro – IDENTIFICAÇÃO MACROSCÓPICA DE MADEIRAS COMERCIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Continuação do tópico Metodologia.

POROSIDADE: diâmetro dos vasos em relação às camadas de crescimento.

  • Difusa (Figura 23 A): os vasos apresentam, quase o mesmo diâmetro, independentemente das camadas de crescimento.

Anel poroso (Figura 23 B): os vasos do lenho inicial (região de cor mais clara) apresentam diâmetros bem maiores e concentrados do que os do lenho tardio (região de cor mais escura) dentro das mesmas camadas de crescimento, sendo essa mudança no diâmetro abrupta.

  • Anel semiporoso (Figura 23 C): os vasos do lenho inicial são  maiores  que  os do lenho tardio, porém ocorre uma diminuição gradativa dos diâmetros dentro das camadas de crescimento.

Figura 23. Porosidade (Tr).

a. Porosidade difusa – Anadenanthera sp

b. Porosidade em anel poroso – Castanea crenata.

c.Porosidade em anel semiporoso – Tectona sp.

DISPOSIÇÃO (AGRUPAMENTO):

  • Solitários: quando os vasos estão isolados uns dos outros.
    • Exclusivamente solitários (Figura 24 A): quando 90% dos vasos são solitários.
    • Múltiplos (Figura 24 B): quando dois ou mais vasos solitários se justapõem, podendo estar em cadeias radiais ou em cachos.

Obs.: na maioria das madeiras, ocorrem vasos solitários e múltiplos. Para determinar a porcentagem de vasos solitários e múltiplos, é necessário fazer   a contagem na escala celuloide em que se conta a frequência de vasos.

Figura 24. Vasos (Tr).

  • Arranjo: ocorre quando os elementos de vasos estão distribuídos em formas definidas.
  • Tangencial (Figura 25 A): quando os vasos estão dispostos perpendicularmente aos raios.

Radial (Figura 25 B): vasos dispostos de forma paralela aos raios.

Figura 25. Arranjo de vasos (Tr).

a. Arranjo tangencial – Grevillea sp.

  • Diagonal (Figura 26 A): quando os vasos estão dispostos obliquamente aos raios
  • Dendrítico (Figura 26 B): quando os vasos estão dispostos de forma semelhante a chamas.

Figura 26. Arranjo de vasos (Tr).

a. Arranjo diagonal – Eucalyptus sp.


b. Arranjo dendrítico – Planchonella pachycarpa.

OBSTRUÇÃO: os vasos podem estar total ou parcialmente obstruídos.

  • Vasos desobstruídos (Figura 27 A): vasos sem conteúdo ou tilos.
    • Vasos obstruídos:

GOMAS/DEPÓSITOS                     (Figura          27        B):

caracterizam-se o aspecto e a cor do  conteúdo.

TILOS (Figura 27 C): são encontrados nos vasos do cerne de determinadas espécies. Apresentam-se com coloração clara e brilho característico.

Figura 27. Obstrução de vasos (Tr).

a.   Vasos desobstruídos – Nectandra oppositifolia.
b.   Depósitos – Handroanthus sp.
c.   Tilos – Bertholletia excelsa.
  • Placa   de    perfuração   (Figura    28): menciona-se quando presente.
Figura 28. Placas de perfuração múltiplas (setas) – Goupia sp (Tr).

RAIOS: visíveis nos planos transversal e longitudinal.

PLANO TRANSVERSAL

VISIBILIDADE:

  • Visível a olho nu.
    • Visível somente sob lente de 10 vezes de aumento.

CONTRASTE: contraste entre a cor das fibras e a do parênquima axial.

•Contrastado (Figura 29 A).

•Pouco contrastado (Figura 29 B).

Figura 29. Contraste dos raios (Tr).

a. Raio contrastado – Bagassa guianensis.
b. Raio pouco contrastado – Couma sp.

LARGURA DE RAIO (MM) (LR) (Figura 30 A-B):

medida com auxílio da escala graduada. Deve-se posicionar a linha da escala em cima do raio, verificando se ele se encaixa na linha sem ultrapassar as laterais dela. Os raios podem ser:

  • Finos: ≤ 0,05 (tamanho 1).
  • Médios: 0,06 a 0,1 (tamanho 2).
  • Moderadamente largos: 0,11 a 0,2 (tamanho 3).
  • Muito largos: 0,21 a 0,4 (tamanho 4).
  • Extremamente largos: ≥ 0,41 (tamanho 5).

Figura 30. Largura de raio (Tr).

b. Raios extremamente largos – Grevillea sp.

FREQUÊNCIA DE RAIO EM 5 MM (FR) (Figura31 A-B): medida com auxílio de escala graduada, relativa ao número de raios  por mm linear. Deve-se contar o número de raios que cortam a linha de 5 mm. Eles podem ser:

  • Muito poucos: ≤ 25.
  • Poucos: 26 a 50.
  • Numerosos: 51 a 80.
  • Muito numerosos: ≥ 81.

Figura 31. Frequência de raios (Tr).

a. Muito poucos – Cordia goeldiana.
b. Numerosos – Licania sp.


PLANO TANGENCIAL

VISIBILIDADE:

  • Visível a olho nu.
    • Visível somente sob lente de 10 vezes de aumento.

ALTURA DE RAIO (MM) (AR): medida com auxílio de escala graduada. Deve-se utilizar a mesma escala para a largura de raios, verificando se a altura total do raio

excede a altura total da linha (1 mm).

  • Baixa (Figura 32 A): ≤ 1.
  • Alta (Figura 32 A): ≥ 1.

Figura 32. Altura de raio (Tg).

a. Raios baixos – Bagassa guianensis.
b. Raios altos – Grevillea sp.

ESTRATIFICAÇÃO: os raios orientados paralelamente uns aos outros (formando faixas horizontais) podem ser regulares ou irregulares, com a mesma altura ou estratos. Outras estruturas, como elemento de vasos, parênquima axial e fibras, podem apresentar estratificação, mas dificilmente são observadas na macroscopia.

  • Estratificado:

regular (Figura 33 A) e irregular (Figura 33 B).

  • Não estratificado (Figura 33 C).

Figura 33. Estratificação (Tg).

a.   Regular – Sweetia fruticosa.
b.   Irregular – Cedrelinga cateniformis.
c.   Não estratificado – Bertholletia excelsa

continua na próxima semana!!!

Segue abaixo link que disponibiliza o livro na integra.

https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutoflorestal/2020/09/identificacao-macroscopica-de-madeiras-comerciais-do-estado-de-sao-paulo/

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