Continuação do tópico Metodologia.
POROSIDADE: diâmetro dos vasos em relação às camadas de crescimento.
- Difusa (Figura 23 A): os vasos apresentam, quase o mesmo diâmetro, independentemente das camadas de crescimento.
Anel poroso (Figura 23 B): os vasos do lenho inicial (região de cor mais clara) apresentam diâmetros bem maiores e concentrados do que os do lenho tardio (região de cor mais escura) dentro das mesmas camadas de crescimento, sendo essa mudança no diâmetro abrupta.
- Anel semiporoso (Figura 23 C): os vasos do lenho inicial são maiores que os do lenho tardio, porém ocorre uma diminuição gradativa dos diâmetros dentro das camadas de crescimento.
Figura 23. Porosidade (Tr).
a. Porosidade difusa – Anadenanthera sp
b. Porosidade em anel poroso – Castanea crenata.
c.Porosidade em anel semiporoso – Tectona sp.
DISPOSIÇÃO (AGRUPAMENTO):
- Solitários: quando os vasos estão isolados uns dos outros.
- Exclusivamente solitários (Figura 24 A): quando 90% dos vasos são solitários.
- Múltiplos (Figura 24 B): quando dois ou mais vasos solitários se justapõem, podendo estar em cadeias radiais ou em cachos.
Obs.: na maioria das madeiras, ocorrem vasos solitários e múltiplos. Para determinar a porcentagem de vasos solitários e múltiplos, é necessário fazer a contagem na escala celuloide em que se conta a frequência de vasos.
Figura 24. Vasos (Tr).
- Arranjo: ocorre quando os elementos de vasos estão distribuídos em formas definidas.
- Tangencial (Figura 25 A): quando os vasos estão dispostos perpendicularmente aos raios.
Radial (Figura 25 B): vasos dispostos de forma paralela aos raios.
Figura 25. Arranjo de vasos (Tr).
a. Arranjo tangencial – Grevillea sp.
- Diagonal (Figura 26 A): quando os vasos estão dispostos obliquamente aos raios
- Dendrítico (Figura 26 B): quando os vasos estão dispostos de forma semelhante a chamas.
Figura 26. Arranjo de vasos (Tr).
a. Arranjo diagonal – Eucalyptus sp.
b. Arranjo dendrítico – Planchonella pachycarpa.
OBSTRUÇÃO: os vasos podem estar total ou parcialmente obstruídos.
- Vasos desobstruídos (Figura 27 A): vasos sem conteúdo ou tilos.
- Vasos obstruídos:
GOMAS/DEPÓSITOS (Figura 27 B):
caracterizam-se o aspecto e a cor do conteúdo.
TILOS (Figura 27 C): são encontrados nos vasos do cerne de determinadas espécies. Apresentam-se com coloração clara e brilho característico.
Figura 27. Obstrução de vasos (Tr).
- Placa de perfuração (Figura 28): menciona-se quando presente.
RAIOS: visíveis nos planos transversal e longitudinal.
PLANO TRANSVERSAL
VISIBILIDADE:
- Visível a olho nu.
- Visível somente sob lente de 10 vezes de aumento.
CONTRASTE: contraste entre a cor das fibras e a do parênquima axial.
•Contrastado (Figura 29 A).
•Pouco contrastado (Figura 29 B).
Figura 29. Contraste dos raios (Tr).
LARGURA DE RAIO (MM) (LR) (Figura 30 A-B):
medida com auxílio da escala graduada. Deve-se posicionar a linha da escala em cima do raio, verificando se ele se encaixa na linha sem ultrapassar as laterais dela. Os raios podem ser:
- Finos: ≤ 0,05 (tamanho 1).
- Médios: 0,06 a 0,1 (tamanho 2).
- Moderadamente largos: 0,11 a 0,2 (tamanho 3).
- Muito largos: 0,21 a 0,4 (tamanho 4).
- Extremamente largos: ≥ 0,41 (tamanho 5).
Figura 30. Largura de raio (Tr).
a. Raios finos – Dipteryx sp.
b. Raios extremamente largos – Grevillea sp.
FREQUÊNCIA DE RAIO EM 5 MM (FR) (Figura31 A-B): medida com auxílio de escala graduada, relativa ao número de raios por mm linear. Deve-se contar o número de raios que cortam a linha de 5 mm. Eles podem ser:
- Muito poucos: ≤ 25.
- Poucos: 26 a 50.
- Numerosos: 51 a 80.
- Muito numerosos: ≥ 81.
Figura 31. Frequência de raios (Tr).
PLANO TANGENCIAL
VISIBILIDADE:
- Visível a olho nu.
- Visível somente sob lente de 10 vezes de aumento.
ALTURA DE RAIO (MM) (AR): medida com auxílio de escala graduada. Deve-se utilizar a mesma escala para a largura de raios, verificando se a altura total do raio
excede a altura total da linha (1 mm).
- Baixa (Figura 32 A): ≤ 1.
- Alta (Figura 32 A): ≥ 1.
Figura 32. Altura de raio (Tg).
ESTRATIFICAÇÃO: os raios orientados paralelamente uns aos outros (formando faixas horizontais) podem ser regulares ou irregulares, com a mesma altura ou estratos. Outras estruturas, como elemento de vasos, parênquima axial e fibras, podem apresentar estratificação, mas dificilmente são observadas na macroscopia.
- Estratificado:
regular (Figura 33 A) e irregular (Figura 33 B).
- Não estratificado (Figura 33 C).
Figura 33. Estratificação (Tg).
continua na próxima semana!!!
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